Vicente De Carvalho

Brasil — Advogado, jornalista, político, abolicionista, fazendeiro, deputado, magistrado, poeta parnasiano e contista.

5 Abr 1866 // 22 Abr 1924

19 Poemas

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    Pequenino Morto

    Vicente De Carvalho
    Tange o sino, tange, numa voz de choro,
    Numa voz de choro... tão desconsolado...
    No caixão dourado, como em berço de ouro,
    Pequenino, levam-te dormindo... Acorda!
    Olha que te levam …

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    Sonho Póstumo

    Vicente De Carvalho
    I

    Poupem-me, quando morto, à sepultura: odeio
    A cova, escura e fria.
    Ah! deixem-me acabar alegremente, em meio
    Da luz, em pleno dia.

    O meu último sono eu quero assim …

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    Spleen

    Vicente De Carvalho
    Fora, na vasta noute, um vento de procela
    Erra, aos saltos, uivando, em rajadas e em fúria;
    E num rumor de choro, uma voz de lamúria,
    Ouço a chuva a …

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    Sugestões do Crepúsculo

    Vicente De Carvalho
    Estranha voz, estranha prece
    Aquela prece e aquela voz,
    Cuja humildade nem parece
    Provir do mar bruto e feroz;

    Do mar, pagão criado às soltas
    Na solidão, e cuja vida …

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    Velho Tema I [Só a leve esperança, em toda a vida

    Vicente De Carvalho
    Só a leve esperança, em toda a vida,
    Disfarça a pena de viver, mais nada;
    Nem é mais a existência, resumida,
    Que uma grande esperança malograda.

    O eterno sonho da …

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    Velho Tema II [Eu cantarei de amor tão fortemente

    Vicente De Carvalho
    Eu cantarei de amor tão fortemente
    Com tal celeuma e com tamanhos brados
    Que afinal teus ouvidos, dominados,
    Hão de à força escutar quanto eu sustente.

    Quero que meu amor …

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    A Flor e a Fonte

    Vicente De Carvalho
    "Deixa-me, fonte!" Dizia
    A flor, tonta de terror.
    E a fonte, sonora e fria,
    Cantava, levando a flor.

    "Deixa-me, deixa-me, fonte!"
    Dizia a flor a chorar:
    "Eu fui nascida no …

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    A Partida da Monção

    Vicente De Carvalho
    VI

    Ei-las, as toscas naus de borda rastejante
    À flor das águas, naus de estreitos rios quietos;
    Ei-las, prestes a abrir para o sertão distante,
    Para assombros de glória, o …

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    A Ternura do Mar

    Vicente De Carvalho
    No firmamento azul, cheio de estrelas de ouro
    Ia boiando a lua indiferente e fria...
    De penhasco em penhasco e de estouro em estouro,
    Embaixo, o mar dizia:

    "Lua, só …

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    A Voz do Sino

    Vicente De Carvalho
    I

    Tarde triste e silenciosa
    De vila de beira-mar:
    Uma tarde cor-de-rosa
    Que vai morrendo em luar...

    (...)

    De súbito, rumoreja
    Violentamente o ar:
    Na torrezinha da igreja
    Rompe o …

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