Pedro Homem de Mello

Portugal — Poeta/Professor/Folclorista

6 Set 1904 // 5 Mar 1984

31 Poemas

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    Não Choreis os Mortos

    Pedro Homem de Mello
    Não choreis nunca os mortos esquecidos
    Na funda escuridão das sepulturas.
    Deixai crescer, à solta, as ervas duras
    Sobre os seus corpos vãos adormecidos.

    E quando, à tarde, o Sol, …

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    Amizade

    Pedro Homem de Mello
    Ser-se amigo é ser-se pai
    ( — Ou mais do que pai talvez...)
    É pôr-se a boca onde cai
    A nódoa que nos desfez.

    É dar sem receber nada,
    Consciente …

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    Povo

    Pedro Homem de Mello
    Povo que lavas no rio,
    Que vais às feiras e à tenda,
    Que talhas com teu machado
    As tábuas do meu caixão,
    Pode haver quem te defenda,
    Quem turve o …

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    Canção à Ausente

    Pedro Homem de Mello
    Para te amar ensaiei os meus lábios...
    Deixei de pronunciar palavras duras.
    Para te amar ensaiei os meus lábios!

    Para tocar-te ensaiei os meus dedos...
    Banhei-os na água límpida das …

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    Encontro

    Pedro Homem de Mello
    Felicidade, agarrei-te
    Como um cão, pelo cachaço!
    E, contigo, em mar de azeite
    Afoguei-me, passo a passo...
    Dei à minha alma a preguiça
    Que o meu corpo não tivera.
    E …

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    Simplicidade

    Pedro Homem de Mello
    Queria, queria
    Ter a singeleza
    Das vidas sem alma
    E a lúcida calma
    Da matéria presa.

    Queria, queria
    Ser igual ao peixe
    Que livre nas águas
    Se mexe;

    Ser igual …

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    Cabra-Cega

    Pedro Homem de Mello
    À volta de incerto fogo
    Brincaram as minhas mãos.
    ... E foi a vida o seu jogo!

    Julguei possuir estrelas
    Só por vê-las.
    Ai! Como estrelas andaram
    Misteriosas e distantes …

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    Solidão

    Pedro Homem de Mello
    Ó solidão! À noite, quando, estranho,
    Vagueio sem destino, pelas ruas,
    O mar todo é de pedra... E continuas.
    Todo o vento é poeira... E continuas.
    A Lua, fria, pesa... …

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    Fui Pedir um Sonho ao Jardim dos Mortos

    Pedro Homem de Mello
    Fui pedir um sonho ao jardim dos mortos.
    Quis pedi-lo, aos vivos. Disseram-me que não.
    Os mortos não sabem, lá onde é que estão,
    Que neles se enfeitam os meus …

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    Cisne

    Pedro Homem de Mello
    Amei-te? Sim. Doidamente!
    Amei-te com esse amor
    Que traz vida e foi doente...

    À beira de ti, as horas
    Não eram horas: paravam.
    E, longe de ti, o tempo
    Era …

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