Francisco Bingre

Francisco Bingre

Portugal — Poeta

1763 // 1856

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    Poemas

    Francisco Bingre O Tempo Gastador de Mil Idades

    Francisco Bingre
    O Tempo gastador de mil idades,
    Que na décima esfera vive e mora,
    Não descansa co'a Fúria tragadora,
    De exercitar, feroz, suas crueldades.

    Ele destrói as ínclitas cidades,
    As egípcias …

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    Francisco Bingre Nenhum Mortal no Mundo Satisfeito

    Francisco Bingre
    Nenhum mortal no mundo satisfeito
    Com sua Sorte está, nunca é contente,
    Pois de mil desatinos enche a mente
    Sem que possa gozar um bem perfeito.

    O soldado deseja o …

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    Francisco Bingre O Sábio não Vai em Grossos Rios

    Francisco Bingre
    Quão bem aventurado e quão ditoso
    O sábio é, que parco passa a vida
    Medindo, alegre, a entrada co'a saída
    Do Mundo vão, sem medo do invejoso!

    Quem c'o pouco …

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    Francisco Bingre Princípio de Amores com Marília

    Francisco Bingre
    Um rácimo ferral engrinaldado
    Com rosas carmesins no seu regaço,
    Tinha Marília um dia, e o pé, c'um laço,
    De fita verde mar lhe tinha atado.

    Eu, de seus magos …

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    Francisco Bingre Quem não Ama, Desmente a Natureza

    Francisco Bingre
    Se a flor namora a flor que lhe é vizinha,
    Se uma palma com outra enlaça os ramos,
    Se nos prados, com cândidos reclamos,
    Namora uma avezinha outra avezinha.

    Se …

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    Francisco Bingre Às Cambalhotas Sempre Anda a Través

    Francisco Bingre
    Às cambalhotas sempre anda a través
    O Mundo, sem poder-se endireitar.
    Velho, bêbado e tonto, a cambalear,
    Já não pode suster-se sobre os pés.

    Tudo nele se vê hoje de …

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    Francisco Bingre Estio

    Francisco Bingre
    Saí da Primavera, entrei no Estio
    Das fogosas funções da mocidade.
    Nesta estação louçã da minha idade,
    Entreguei-me às paixões, com desvario.

    Qual cavalo rinchão, solto com cio,
    Saltei desenfreado …

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    Francisco Bingre Primavera

    Francisco Bingre
    Passei a Primavera de meus anos
    Com maternais desvelos amorosos.
    Com meiguices, afagos carinhosos,
    Com mimos de solícitos afanos.

    Desenfaixado dos primeiros panos,
    Pus-me em pé, dei passinhos vagarosos,
    Logo …

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    Francisco Bingre Morte

    Francisco Bingre
    Num imenso salão, alto e rotundo,
    De caveiras iguais, ossos sem dono,
    Perpétua habitação de eterno sono
    Que tem por tecto o Céu, por base o mundo:

    Bem no meio, …

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    Francisco Bingre Feliz Habitação da Minha Amada

    Francisco Bingre
    Feliz habitação da minha Amada,
    Ninho de Amor, albergue da Ternura,
    Onde, outro tempo, a próspera Ventura
    Dormia nos meus braços, descuidada.

    Então, minha Alma terna, embriagada,
    Gostava do prazer …

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