Álvaro de Campos

Portugal

n. 15 Out 1890

100 Poemas

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    Aproveitar o Tempo

    Álvaro de Campos
    Aproveitar o tempo!
    Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
    Aproveitar o tempo!
    Nenhum dia sem linha...
    O trabalho honesto e superior...
    O trabalho à Virgílio, à ...

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    A Minha Alma Partiu-se

    Álvaro de Campos
    A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
    Caiu pela escada excessivamente abaixo.
    Caiu das mãos da criada descuidada.
    Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso. ...

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    Acordar

    Álvaro de Campos
    Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,
    Acordar da Rua do Ouro,
    Acordar do Rocio, às portas dos cafés,
    Acordar
    E no meio de tudo a ...

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    Não, não é Cansaço...

    Álvaro de Campos
    Não, não é cansaço...
    É uma quantidade de desilusão
    Que se me entranha na espécie de pensar,
    E um domingo às avessas
    Do sentimento,
    Um feriado passado no abismo...

    Não, ...

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    Gostava de Gostar de Gostar

    Álvaro de Campos
    Gostava de gostar de gostar.
    Um momento... Dá-me de ali um cigarro,
    Do maço em cima da mesa de cabeceira.
    Continua... Dizias
    Que no desenvolvimento da metafísica
    De Kant a ...

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    Começo a Conhecer-me. Não Existo

    Álvaro de Campos
    Começo a conhecer-me. Não existo.
    Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
    ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
    Sou isso, enfim ...

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    Nunca Conheci quem Tivesse Levado Porrada

    Álvaro de Campos
    Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
    Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

    E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
    Eu tantas vezes irrespondivelmente ...

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    Quando Olho para Mim não Me Percebo

    Álvaro de Campos
    Quando olho para mim não me percebo.
    Tenho tanto a mania de sentir
    Que me extravio às vezes ao sair
    Das próprias sensações que eu recebo.

    O ar que respiro, ...

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    Lisbon Revisited (1923)

    Álvaro de Campos
    NÃO: Não quero nada.
    Já disse que não quero nada.

    Não me venham com conclusões!
    A única conclusão é morrer.

    Não me tragam estéticas!
    Não me falem em moral!

    Tirem-me ...

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    O Sono

    Álvaro de Campos
    O sono que desce sobre mim,
    O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
    O sono universal que desce individualmente sobre mim —
    Esse sono
    Parecerá aos outros o sono ...

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