Alfredo Brochado

Portugal — Poeta

3 Fev 1897 // 16 Mai 1949

14 Poemas

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    Mãe

    Alfredo Brochado
    I

    Dantes, quando a deixava,
    As férias já no fim,
    Ela vinha à janela
    Despedir-se de mim.

    Depois, quando na estrada,
    Olhava para trás,
    Deitava-me ainda a benção
    Para que …

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    Confissão

    Alfredo Brochado
    Vivo um drama interior.
    Já nele pouco a pouco me consumo.
    E de tanto te buscar,
    Mas sem nunca te encontrar,
    Sou como um barco sem leme,
    Que perdesse o …

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    Meu Coração eu Perdi-o

    Alfredo Brochado
    Meu coração eu perdi-o,
    Não era meu entreguei-o
    Às tristes águas do rio,
    Para o levar ao teu seio.

    E o rio que ao longe chora,
    Foi-to levar a correr, …

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    Insónia

    Alfredo Brochado
    Noite calada, como num lamento,
    A voz das coisas ponho-me a escutar,
    E ela vai, vai subindo ao Firmamento,
    Num murmúrio constante, a soluçar.

    Noites de Outono, como chora o …

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    Ciúme

    Alfredo Brochado
    Vão decorrendo as horas, vão-se os dias,
    Mas como outrora ela não vem. Ciúme?
    Olho em redor de mim, meu pobre lume,
    São tudo cinzas mortas, cinzas frias.

    Bateu o …

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    Quimeras

    Alfredo Brochado
    Há na minha vida quimeras distantes,
    Quais nuvens errantes, em dias atrozes.
    Eu corro atrás delas, mas elas, por fim,
    Perdem-se de mim, no horizonte, velozes.

    Há no meu diário …

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    Fantasia

    Alfredo Brochado
    Há uma mulher em toda a minha vida,
    Que não se chega bem a precisar.
    Uma mulher que eu trago em mim perdida,
    Sem a poder beijar.

    Há uma mulher …

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    Imperfeição

    Alfredo Brochado
    Sou eu poeta? Às vezes, penso e digo,
    Não sou poeta, não.
    Não sou poeta porque não consigo
    Vencer o que em mim há de imperfeição.

    Sou eu poeta? E …

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    Ex-Voto

    Alfredo Brochado
    Anda a tua saudade ao pé de mim,
    E porque a tenho já por companheira,
    Eu começo a pensar, e penso, enfim,
    Que te hei-de ver um dia à minha …

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    Súplica

    Alfredo Brochado
    Mortos que em certas horas me falais
    Com a vossa mudez ou murmúrios subtis,
    Dizei: Custa muito morrer?
    Há lá, por esse mundo, uma outra vida,
    Que valha a pena …

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