Alexandre O'Neill

Portugal — Poeta

19 Dez 1924 // 21 Ago 1986

15 Poemas

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  • Poemas

    Amigo

    Alexandre O'Neill
    Mal nos conhecemos
    Inaugurámos a palavra «amigo».

    «Amigo» é um sorriso
    De boca em boca,
    Um olhar bem limpo,
    Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
    Um coração pronto a ...

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    Há Palavras que Nos Beijam

    Alexandre O'Neill
    Há palavras que nos beijam
    Como se tivessem boca.
    Palavras de amor, de esperança,
    De imenso amor, de esperança louca.

    Palavras nuas que beijas
    Quando a noite perde o rosto; ...

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    O Beijo

    Alexandre O'Neill
    Congresso de gaivotas neste céu
    Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
    Querela de aves, pios, escarcéu.
    Ainda palpitante voa um beijo.

    Donde teria vindo! (Não é meu...)
    De algum ...

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    O Amor é o Amor

    Alexandre O'Neill
    O amor é o amor — e depois?!
    Vamos ficar os dois
    a imaginar, a imaginar?...

    O meu peito contra o teu peito,
    cortando o mar, cortando o ar.
    Num ...

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    O Poema Pouco Original do Medo

    Alexandre O'Neill
    O medo vai ter tudo
    pernas
    ambulâncias
    e o luxo blindado
    de alguns automóveis

    Vai ter olhos onde ninguém os veja
    mãozinhas cautelosas
    enredos quase inocentes
    ouvidos não só nas ...

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    Os Amantes de Novembro

    Alexandre O'Neill
    Ruas e ruas dos amantes
    Sem um quarto para o amor
    Amantes são sempre extravagantes
    E ao frio também faz calor

    Pobres amantes escorraçados
    Dum tempo sem amor nenhum
    Coitados ...

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    Portugal

    Alexandre O'Neill
    Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
    linda vista para o mar,
    Minho verde, Algarve de cal,
    jerico rapando o espinhaço da terra,
    surdo e miudinho,
    moinho a braços com ...

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    Bom e Expressivo

    Alexandre O'Neill
    Acaba mal o teu verso,
    mas fá-lo com um desígnio:
    é um mal que não é mal,
    é lutar contra o bonito.

    Vai-me a essas rimas que
    tão bem desfecham ...

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    Aos Vindouros, se os Houver...

    Alexandre O'Neill
    Vós, que trabalhais só duas horas
    a ver trabalhar a cibernética,
    que não deixais o átomo a desoras
    na gandaia, pois tendes uma ética;

    que do amor sabeis o ponto ...

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    Um Adeus Português

    Alexandre O'Neill
    Nos teus olhos altamente perigosos
    vigora ainda o mais rigoroso amor
    a luz de ombros puros e a sombra
    de uma angústia já purificada

    Não tu não podias ficar presa ...

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