Afonso Lopes Vieira

Portugal

26 Jan 1878 // 25 Jan 1946

7 Poemas

Poemas

Saudades não as Quero

Afonso Lopes Vieira
Bateram fui abrir era a saudade
vinha para falar-me a teu respeito
entrou com um sorriso de maldade
depois sentou-se à beira do meu leito
e quis que eu lhe ...

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Dança do Vento

Afonso Lopes Vieira
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia.
Baila, baila e rodopia
E tudo baila em redor.
E diz às flores, bailando:
- Bailai comigo, bailai!
E elas, curvadas, ...

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O Sapo

Afonso Lopes Vieira
Não há jardineiro assim,
Não há hortelão melhor
Para uma horta ou jardim,
Para os tratar com amor.

É o guarda das flores belas,
da horta mais do pomar;
e ...

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Leve, Leve, o Luar

Afonso Lopes Vieira
Leve, leve, o luar de neve
goteja em perlas leitosas,
o luar de neve e tão leve
que ameiga o seio das rosas.

E as gotas finas da etérea
chuva, ...

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O Segredo do Mar

Afonso Lopes Vieira
A “Flor do Mar” avançando
Navegava, navegava,
Lá para onde se via
O vulto que ela buscava.

Era tão grande, tão grande
Que a vista toda tapava.

E Bartolomeu erguido ...

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Linda Inês

Afonso Lopes Vieira
Choram ainda a tua morte escura
Aquelas que chorando a memoraram;
As lágrimas choradas não secaram
Nos saudosos campos da ternura.

Santa entre as santas pela má ventura,
Rainha, mais ...

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Saudades Trágico-Marítimas

Afonso Lopes Vieira
Chora no ritmo do meu sangue, o Mar.
Na praia, de bruços,
fico sonhando, fico-me escutando
o que em mim sonha e lembra e chora alguém;
e oiço nesta alma ...

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