Pureza
Sebastião Gama
Vem toda nua
ou, se o não consentir o teu pudor,
vestida de vermelho.
Teus tules brancos,
o azul, que desmaia,
de tuas sedas finas,
guarda-os pra outros dias.
Pra quando, Amor!, teu ventre, já redondo,
merecer a pureza do azul...
ou, se o não consentir o teu pudor,
vestida de vermelho.
Teus tules brancos,
o azul, que desmaia,
de tuas sedas finas,
guarda-os pra outros dias.
Pra quando, Amor!, teu ventre, já redondo,
merecer a pureza do azul...