Aos Estudantes
Rogaciano Leite
É triste falhar na vida, porém mais
triste ainda é não tentar vencer.
Roosevelt
Dos estaleiros do sonho
De nossa grande Nação
Ao mar de novas conquistas
Se lança uma nova geração…
O mar — é o futuro imenso
Em cujas águas suspenso
Tremula um mastro — o Ideal;
A Bandeira — é a Mocidade,
O destino — é a Liberdade
E o Brasil — é o seu fanal!
Jovens, que sois os rebentos
Da raça de mil heróis,
O céu de uma Pátria livre
Enchei de formosos sóis!
Atentos, para a defesa…
Paz! virtude! amor! grandeza!
Que é desgraça esmorecer!
Do livro as folhas sagradas
São asas de luz, doiradas,
Voando para o Saber!
Se a loira manhã da Vida
Tem mais luz quando há mais sol,
Rasgue-se o véu da penumbra,
Nasça o formoso arrebol!
Quando se dissipa a treva
Um jato de luz se eleva
Da terra para a amplidão;
Assim, o estudante moço
Em lugar de um calabouço
Constrói um templo — a Razão!
Ide! Avante, Mocidade!
Lotai! Vencei! Progredi!
Enchei de louros a fronte!
Edificai, Construí!
Da vida o destino imenso
Não pode ficar suspenso
Nas cortinas do bordel!
Quem molha os lábios no vício
Bebe o travo do suplício,
Mergulha a boca no fel!
Nunca o sabre de um guerreiro
Deve rolar sobre escravos…
Um país só tem progresso
Tendo homens fortes e bravos!
Lá no terror das batalhas
É que o brilho das medalhas
Enfeita a farda do herói;
Só se edificam portentos
Na pedra dos monumentos
Que a mão dos bravos constrói!
Nos horizontes da vida
Há muitas nuvens doiradas,
Muitas luzes flamejantes,
Muitas estrelas prateadas…
Se a glória pertence aos bravos
Não queirais ficar escravos,
Ide à frente, amigos meus!
Quem corre atrás do destino
Encontra o prêmio divino
Fechado na mão de Deus!
Se a Liberdade é rainha
O Progresso é grande rei;
Quando o código abre as folhas
O Direito abraça a Lei;
Na vastidão dos espaços
A Nação levanta os braços
Procurando a Liberdade…
Avante, moço valente!
Que a descrença é uma serpente
Que envenena a Humanidade!
Se o raio é feito de fogo
Precisa inspirar calor;
Quando o calor queima o peito
As almas vibram de amor!
No Vesúvio das idéias
Ardem milhões de Pompéias
Que o pensamento esculpiu;
Esse fogo — é a Mocidade…
Essa Pompéia — a Verdade,
Donde o Direito surgiu!
Quando as asas da Igualdade
Se abrirem pelo Infinito,
Das trevas — virão estrelas,
Dos ermos — estranho grito…
No coração do Universo
Há de aparecer um verso
Com letras feitas de luz;
E a mão de Deus, levantada,
Terá de bravo — uma espada,
Do sábio — um livro e uma cruz!
Fortaleza, 1945.
triste ainda é não tentar vencer.
Roosevelt
Dos estaleiros do sonho
De nossa grande Nação
Ao mar de novas conquistas
Se lança uma nova geração…
O mar — é o futuro imenso
Em cujas águas suspenso
Tremula um mastro — o Ideal;
A Bandeira — é a Mocidade,
O destino — é a Liberdade
E o Brasil — é o seu fanal!
Jovens, que sois os rebentos
Da raça de mil heróis,
O céu de uma Pátria livre
Enchei de formosos sóis!
Atentos, para a defesa…
Paz! virtude! amor! grandeza!
Que é desgraça esmorecer!
Do livro as folhas sagradas
São asas de luz, doiradas,
Voando para o Saber!
Se a loira manhã da Vida
Tem mais luz quando há mais sol,
Rasgue-se o véu da penumbra,
Nasça o formoso arrebol!
Quando se dissipa a treva
Um jato de luz se eleva
Da terra para a amplidão;
Assim, o estudante moço
Em lugar de um calabouço
Constrói um templo — a Razão!
Ide! Avante, Mocidade!
Lotai! Vencei! Progredi!
Enchei de louros a fronte!
Edificai, Construí!
Da vida o destino imenso
Não pode ficar suspenso
Nas cortinas do bordel!
Quem molha os lábios no vício
Bebe o travo do suplício,
Mergulha a boca no fel!
Nunca o sabre de um guerreiro
Deve rolar sobre escravos…
Um país só tem progresso
Tendo homens fortes e bravos!
Lá no terror das batalhas
É que o brilho das medalhas
Enfeita a farda do herói;
Só se edificam portentos
Na pedra dos monumentos
Que a mão dos bravos constrói!
Nos horizontes da vida
Há muitas nuvens doiradas,
Muitas luzes flamejantes,
Muitas estrelas prateadas…
Se a glória pertence aos bravos
Não queirais ficar escravos,
Ide à frente, amigos meus!
Quem corre atrás do destino
Encontra o prêmio divino
Fechado na mão de Deus!
Se a Liberdade é rainha
O Progresso é grande rei;
Quando o código abre as folhas
O Direito abraça a Lei;
Na vastidão dos espaços
A Nação levanta os braços
Procurando a Liberdade…
Avante, moço valente!
Que a descrença é uma serpente
Que envenena a Humanidade!
Se o raio é feito de fogo
Precisa inspirar calor;
Quando o calor queima o peito
As almas vibram de amor!
No Vesúvio das idéias
Ardem milhões de Pompéias
Que o pensamento esculpiu;
Esse fogo — é a Mocidade…
Essa Pompéia — a Verdade,
Donde o Direito surgiu!
Quando as asas da Igualdade
Se abrirem pelo Infinito,
Das trevas — virão estrelas,
Dos ermos — estranho grito…
No coração do Universo
Há de aparecer um verso
Com letras feitas de luz;
E a mão de Deus, levantada,
Terá de bravo — uma espada,
Do sábio — um livro e uma cruz!
Fortaleza, 1945.