Joaquim Pessoa

Portugal — Poeta

n. 22 Fev 1948

15 Poemas

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  • Poemas

    Amei Demais

    Joaquim Pessoa
    Madruguei demais. Fumei demais. Foram demais
    todas as coisas que na vida eu emprenhei.
    Vejo-as agora grávidas. Redondas. Coisas tais,
    como as tais coisas nas quais nunca pensei.

    Demais foram ...

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    Estou Mais Perto de Ti porque Te Amo

    Joaquim Pessoa
    Estou mais perto de ti porque te amo.
    Os meus beijos nascem já na tua boca.
    Não poderei escrever teu nome com palavras.
    Tu estás em toda a parte e ...

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    Morrer de Amor é Assim

    Joaquim Pessoa
    Quem morre de tempo certo
    ao cabo de um certo tempo
    é a rosa do deserto
    que tem raízes no vento.

    Qual a medida de um verso
    que fale do ...

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    Tudo é Paixão

    Joaquim Pessoa
    Assim me perguntaste,
    assim te respondi:
    tudo é paixão.

    Como não lamber
    da tua pele, o mel
    que o desejo fabrica?

    E como a minha boca
    não recolher o néctar ...

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    Nenhuma Morte Apagará os Beijos

    Joaquim Pessoa
    Nenhuma morte apagará os beijos
    e por dentro das casas onde nos amámos ou pelas ruas
    [clandestinas da grande cidade livre
    estarão para sempre vivos os sinais de um grande ...

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    Os Amantes com Casa

    Joaquim Pessoa
    Andavam pela casa amando-se
    no chão e contra as paredes.
    Respiravam exaustos como se tivessem
    nascido da terra
    de dentro das sementeiras.
    Beijavam-se magoados
    até se magoarem mais.
    Um no ...

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    Houve uma Ilha em Ti

    Joaquim Pessoa
    Houve uma ilha em ti que eu conquistei.
    Uma ilha num mar de solidão.
    Tinha um nome a ilha onde morei.
    Chamava-se essa ilha Coração.

    Que saudades do tempo que ...

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    Tu Ensinaste-me a Fazer uma Casa

    Joaquim Pessoa
    Tu ensinaste-me a fazer uma casa:
    com as mãos e os beijos.
    Eu morei em ti e em ti meus versos procuraram
    voz e abrigo.
    E em ti guardei meu ...

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    Bastava-nos Amar

    Joaquim Pessoa
    Bastava-nos amar. E não bastava
    o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?
    O vento como um barco: a navegar.
    Pelo mar. Por um rio ou uma veia. ...

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    Nos Teus Gestos

    Joaquim Pessoa
    Nos teus gestos há animais em liberdade
    e o brilho doce que só têm as cerejas.
    É neles que adormeço, e dos teus dedos
    retiro a luz azul dos arquipélagos. ...

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