Noite por Ti Despida
Casimiro Brito
Adulta é a noite onde cresce
o teu corpo azul. A claridade
que se dá em troca dos meus ombros
cansados. Reflexos
coloridos. Amei
o amor. Amei-te meu amor sobre ...
o teu corpo azul. A claridade
que se dá em troca dos meus ombros
cansados. Reflexos
coloridos. Amei
o amor. Amei-te meu amor sobre ...
Vida Sempre
Casimiro Brito
Entre a vida e a morte há apenas
o simples fenómeno
de uma subtil transformação. A morte
não é morte da vida.
A morte não é inação, inutilidade.
A morte ...
o simples fenómeno
de uma subtil transformação. A morte
não é morte da vida.
A morte não é inação, inutilidade.
A morte ...
Peço a Paz
Casimiro Brito
Peço a paz
e o silêncio
A paz dos frutos
e a música
de suas sementes
abertas ao vento
Peço a paz
e meus pulsos traçam na chuva
um rosto ...
e o silêncio
A paz dos frutos
e a música
de suas sementes
abertas ao vento
Peço a paz
e meus pulsos traçam na chuva
um rosto ...
O Amigo
Casimiro Brito
1.
Um amigo, o primeiro amigo
dentro da nuvem de um sonho.
O impossível toca-nos as mãos
subitamente o fogo, a flor concêntrica
de planetas no exílio.
Na terra ...
Um amigo, o primeiro amigo
dentro da nuvem de um sonho.
O impossível toca-nos as mãos
subitamente o fogo, a flor concêntrica
de planetas no exílio.
Na terra ...
Da Música
Casimiro Brito
A musica derrama-se
no corpo terroso
da palavra. Inclina-se
no mundo em mutação
do poema.
A música traz na bagagem
a memória do sangue; o caminho
do sol: Lume e ...
no corpo terroso
da palavra. Inclina-se
no mundo em mutação
do poema.
A música traz na bagagem
a memória do sangue; o caminho
do sol: Lume e ...
Do Amor e da Morte
Casimiro Brito
Temos lábios tenros para o amor
dentes afiados para a morte
Concebemos filhos para o amor
para a guerra os mandamos para a morte
Levantamos casas para o amor
cidades ...
dentes afiados para a morte
Concebemos filhos para o amor
para a guerra os mandamos para a morte
Levantamos casas para o amor
cidades ...
Quem Falou em Crime?
Casimiro Brito
Crime quem falou em crime
somos todos irmãos todos a mesma
carne incendiada
Quando houver um crime
o primeiro
todos seremos criminosos
Agora porém somos vivos e amamos
do nascimento ...
somos todos irmãos todos a mesma
carne incendiada
Quando houver um crime
o primeiro
todos seremos criminosos
Agora porém somos vivos e amamos
do nascimento ...
Da Violência
Casimiro Brito
A violência que trazemos no sangue
ninguém a sabe e todos (casas
desmoronadas) a exaltam e todos
a descombinamos
gota a gota
em nossos movimentos de cinza
transitória esta ...
ninguém a sabe e todos (casas
desmoronadas) a exaltam e todos
a descombinamos
gota a gota
em nossos movimentos de cinza
transitória esta ...
Estar no Mundo
Casimiro Brito
Ao corpo colados a silenciosas
colunas de sal pavimentados eis os muros
paralelos eis as rápidas deformações da
linguagem (cálido ascetismo)
de quem arde por dentro estar no mundo ...
colunas de sal pavimentados eis os muros
paralelos eis as rápidas deformações da
linguagem (cálido ascetismo)
de quem arde por dentro estar no mundo ...
Do Poema
Casimiro Brito
O problema não é
meter o mundo no poema; alimentá-lo
de luz, planetas, vegetação. Nem
tão-pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao ...
meter o mundo no poema; alimentá-lo
de luz, planetas, vegetação. Nem
tão-pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao ...