Casimiro Brito

Portugal — Poeta/Romancista/Ensaísta

n. 14 Jan 1938

15 Poemas

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    Noite por Ti Despida

    Casimiro Brito
    Adulta é a noite onde cresce
    o teu corpo azul. A claridade
    que se dá em troca dos meus ombros
    cansados. Reflexos
    coloridos. Amei
    o amor. Amei-te meu amor sobre ...

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    Vida Sempre

    Casimiro Brito
    Entre a vida e a morte há apenas
    o simples fenómeno
    de uma subtil transformação. A morte
    não é morte da vida.
    A morte não é inação, inutilidade.
    A morte ...

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    Peço a Paz

    Casimiro Brito
    Peço a paz
    e o silêncio

    A paz dos frutos
    e a música
    de suas sementes
    abertas ao vento

    Peço a paz
    e meus pulsos traçam na chuva
    um rosto ...

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    O Amigo

    Casimiro Brito
    1.

    Um amigo, o primeiro amigo
    dentro da nuvem de um sonho.

    O impossível toca-nos as mãos
    subitamente — o fogo, a flor concêntrica
    de planetas no exílio.

    Na terra ...

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    Da Música

    Casimiro Brito
    A musica derrama-se
    no corpo terroso
    da palavra. Inclina-se
    no mundo em mutação
    do poema.

    A música traz na bagagem
    a memória do sangue; o caminho
    do sol: Lume e ...

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    Do Amor e da Morte

    Casimiro Brito
    Temos lábios tenros para o amor
    dentes afiados para a morte

    Concebemos filhos para o amor
    para a guerra os mandamos para a morte

    Levantamos casas para o amor
    cidades ...

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    Quem Falou em Crime?

    Casimiro Brito
    Crime quem falou em crime
    somos todos irmãos todos a mesma
    carne incendiada

    Quando houver um crime
    o primeiro
    todos seremos criminosos

    Agora porém somos vivos e amamos
    do nascimento ...

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    Da Violência

    Casimiro Brito
    A violência que trazemos no sangue
    ninguém a sabe e todos (casas
    desmoronadas) a exaltam e todos
    a descombinamos
    gota a gota
    em nossos movimentos de cinza
    transitória — esta ...

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    Estar no Mundo

    Casimiro Brito
    Ao corpo colados a silenciosas
    colunas de sal pavimentados eis os muros
    paralelos eis as rápidas deformações da
    linguagem (cálido ascetismo)
    de quem arde por dentro — estar no mundo ...

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    Do Poema

    Casimiro Brito
    O problema não é
    meter o mundo no poema; alimentá-lo
    de luz, planetas, vegetação. Nem
    tão-pouco
    enriquecê-lo, ornamentá-lo
    com palavras delicadas, abertas
    ao amor e à morte, ao sol, ao ...

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