António Manuel Couto Viana

Portugal — Poeta/Ensaísta

24 Jan 1923 // 8 Jun 2010

7 Poemas

Poemas

Natal cada Natal

António Manuel Couto Viana
Quando na mais sublime dor,
A mulher dá à luz,
Há sempre um Anjo Anunciador
A murmurar-lhe ao coração — Jesus!

Cada criança é o Céu que vem
Pra nos ...

Leia mais


Dezasseis Anos, Talvez

António Manuel Couto Viana
Dezasseis anos, talvez.
Vejo-a, no café, cada manhã,
A folhear, atenta, um compêndio de inglês,
Com um perfume a Escola e a maçã.

Não me canso de a olhar. Às ...

Leia mais


Natal Tão Pouco

António Manuel Couto Viana
Nasceu em Belém, ou Nazaré
(A nova teoria),
Este que nos é
O Pai-Nosso em cada dia?

Que importa onde nasceu,
Se num presépio, se num leito?
A verdade sou ...

Leia mais


Pedra Tumular

António Manuel Couto Viana
A minha geração fugiu à guerra,
Por isso a paz que traz não tem sentido:
É feita de ignorância e de castigo,
Tão rígida e tão fria como a pedra. ...

Leia mais


Talvez Natal

António Manuel Couto Viana
Que a minha poesia
Jorre de novo em fonte.
Tu que fazes, Maria?
- Vou beijar-te na fronte.

Que a rosa da alegria
Volte a esfolhar-se em mim.
Tu que ...

Leia mais


É Tempo de Natal

António Manuel Couto Viana
É tempo de Natal. Exibe-se um pinheiro,
Com lâmpadas de cor, sobre o balcão.
Tem, também, pendurados, a isca do dinheiro
E flocos finos de algodão.

Nas férias, foge a ...

Leia mais


Cenário de Natal Sem o Natal

António Manuel Couto Viana
Nenhuma estrela luz, com mais brilho no céu.
Não oiço rumor d’asa ou de vagido
É meia-noite já. E ainda não nasceu.
O que terá acontecido?

Eu, para aqui ajoelhado, ...

Leia mais