Abade Jazente

Portugal — Poeta

6 Mai 1719 // 20 Nov 1789

13 Poemas

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    Um Rafeiro Fiel de um Pastor Triste

    Abade Jazente
    Tó, Mondego, vem cá; pois tu somente
    Alivias um pouco o meu cuidado;
    Que em parte se consola um desgraçado,
    Quando tem quem lhe escute o mal que sente.

    Tu ...

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    É Bem Feliz

    Abade Jazente
    É bem feliz por certo, o que somente
    Ao rústico lavor acostumado
    Conduzir sabe os bois, reger o arado,
    E dar à terra a provida semente.

    A arte de a ...

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    Tudo Está Caro

    Abade Jazente
    A trinta e cinco réis custa a pescada:
    O triste bacalhau a quatro e meio:
    A dezasseis vinténs corre o centeio:
    De verde a trinta réis custa a canada.

    A ...

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    Eu não Sou de Ferro

    Abade Jazente
    Nize, eu não sou de ferro, e atenuado,
    Ainda que o fora, o uso me teria;
    Porque enfim do trabalho na porfia
    Se consome o metal mais obstinado.

    Instrumento não ...

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    Enquanto to Permite a Mocidade

    Abade Jazente
    Enquanto to permite a mocidade,
    Teu Pai disfarça, tua Mãe consente,
    E enquanto, Nize, a moda o não desmente
    Nos brincos gasta a flor da tua idade.

    Joga, dança, conversa, ...

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    Amor é um Arder

    Abade Jazente
    Amor é um arder que se não sente;
    É ferida que dói, e não tem cura;
    É febre, que no peito faz secura;
    É mal, que as forças tira de ...

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    Sem Causa a Infância Ri

    Abade Jazente
    Sem causa a Infância ri, sem causa chora:
    Incauta se despenha a mocidade;
    Sacode o jugo, e nela a liberdade,
    A caça, o jogo, o amor, tudo a namora.

    Das ...

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    Não Desejo Chegar a tal Grandeza

    Abade Jazente
    Não desejo chegar a tal grandeza,
    Que aduladores vis cerquem meus lados,
    Nem palácios magníficos doirados,
    Ricas alfaias, nem polida mesa.

    Não me lembram heranças, nem riqueza,
    Que me obrigue ...

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    Deixa, Moreira, o Mundo

    Abade Jazente
    (Ao seu Amigo)

    Deixa, Moreira, o mundo; é tempo agora
    De ver da praia firme o golfo insano,
    As velas colhe, e o tarde desengano
    Com levantadas mãos devoto adora. ...

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    Eu Como, Eu Bebo, Eu Durmo

    Abade Jazente
    Eu como, eu bebo, eu durmo e a vida passo
    Ora bem, ora mal, como sucede:
    Tomo tabaco, e chá; e se mo pede
    O génio alguma vez, eu Nize ...

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