
Às Cambalhotas Sempre Anda a Través
Às cambalhotas sempre anda a través
O Mundo, sem poder-se endireitar.
Velho, bêbado e tonto, a cambalear,
Já não pode suster-se sobre os pés.
Tudo nele se vê hoje de invés
Pois seu eixo quebrou, anda a rolar
Não há homem que o possa consertar:
Só se for, do Arquitecto a mão que o fez.
Tornou-se num pião: qualquer rapaz
O faz dar quatro voltas c'um cordel
E na palma da mão dançar o faz.
O que hoje fez de grande o seu papel,
Amanhã representa de Gil Blás
Neste imenso teatro de Babel.
O Mundo, sem poder-se endireitar.
Velho, bêbado e tonto, a cambalear,
Já não pode suster-se sobre os pés.
Tudo nele se vê hoje de invés
Pois seu eixo quebrou, anda a rolar
Não há homem que o possa consertar:
Só se for, do Arquitecto a mão que o fez.
Tornou-se num pião: qualquer rapaz
O faz dar quatro voltas c'um cordel
E na palma da mão dançar o faz.
O que hoje fez de grande o seu papel,
Amanhã representa de Gil Blás
Neste imenso teatro de Babel.