Manuel Bandeira

Manuel Bandeira

Brasil — Poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.

19 Abr 1886 // 13 Out 1968

Foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 1922 da literatura moderna brasileira. Sua principal obra é Carnaval (1919). Fonte: Wikipedia.

9 Poemas

Poemas

Manuel Bandeira Vou-me Embora pra Pasárgada

Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu …

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Manuel Bandeira Pneumotórax

Manuel Bandeira

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

— Diga trinta e três.

— …

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Manuel Bandeira Andorinha

Manuel Bandeira

Andorinha lá fora está dizendo:

— “Passei o dia à toa, à toa!”

Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!

Passei a vida à toa, à toa…

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Manuel Bandeira Poética

Manuel Bandeira

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente

protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

Estou farto do lirismo …

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Manuel Bandeira Cartas de Meu Avô

Manuel Bandeira
A tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente…
A chuva, em gotas glaciais,
Chora monotonamente.

E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia …

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Manuel Bandeira O Último Poema

Manuel Bandeira
Assim eu quereria meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas

Que tivesse a beleza das …

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Manuel Bandeira Consoada

Manuel Bandeira
Quando a Indesejada das gentes chegar

(Não sei se dura ou caroável),

talvez eu tenha medo.

Talvez sorria, ou diga:

— Alô, iniludível!

O meu dia foi bom, pode a …

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Manuel Bandeira O Anel de Vidro

Manuel Bandeira
Aquele pequenino anel que tu me deste,
— Ai de mim — era vidro e logo se quebrou
Assim também o eterno amor que prometeste,
— Eterno! era bem pouco …

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Manuel Bandeira Porquinho-da-Índia

Manuel Bandeira
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares …

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