Lupe Cotrim Garaude

Lupe Cotrim Garaude

Brasil — Poeta

16 Mar 1933 // 18 Fev 1970

7 Poemas

Poemas

Lupe Cotrim Garaude Entre a Flor e o Tempo

Lupe Cotrim Garaude
Também de dor se morre pois é morte
o sentimento ausente. O ser feliz
é ser presente, sem que mais importe
esse profundo sulco e a cicatriz
que no corpo …

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Lupe Cotrim Garaude Ó que Imenso Dissipar

Lupe Cotrim Garaude
Ó que imenso dissipar
por assim gostar de tudo.

Com o meu ser estendido,
tenso ao apelo do mundo,
pulsando seu movimento
vou erguendo esta prisão.

Os pés retidos, imóveis, …

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Lupe Cotrim Garaude Ode II

Lupe Cotrim Garaude
Na curva insondável
entre a solidão e a multidão,
tomar a si e ao mundo
nas mãos,
e depois da atitude,
o claro testemunho.

Que o existir é esse instante …

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Lupe Cotrim Garaude Posse II

Lupe Cotrim Garaude
Ele —

Seduzir o cotidiano pelo corpo.
Penetrá-lo deste brilho longo,
compacto,
onde o cansaço não é tédio
mas úmido intervalo.

A paisagem não sustenta
mais os olhos; estrelas
despojaram-se …

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Lupe Cotrim Garaude Ao Amor

Lupe Cotrim Garaude
O que desejas de mim
nunca o dará o lampejo de um momento,
a conquista de um dia da montanha.

Meu corpo — para ti somente —
deve emergir a …

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Lupe Cotrim Garaude Posse I

Lupe Cotrim Garaude
Ela —

Na corporificação da claridade
festejaremos nosso encontro.
Os intervalos de posse,
iluminados,
se encobrem de flores;
musgos são tessitura
desta distância breve,
desta pausa madura.

A palma das …

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Lupe Cotrim Garaude Ode I

Lupe Cotrim Garaude
O poeta se dirige ao silêncio.
E o diálogo, sua vida.

— Eu vos amo a todos,
ventos, rios, mares,
eu vos amo, meus irmãos.

Ao redor,
nenhuma voz entrecorta …

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