Fernando Namora

Fernando Namora

Portugal — Escritor/Poeta/Médico

15 Abr 1919 // 31 Jan 1989

34 Poemas

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    Fernando Namora Nome Para Uma Casa

    Fernando Namora
    Ossos enxutos de repente as mãos
    sobre o repousado peito entrelaçadas
    como quem adormeceu
    à sombra de uma quieta
    e morosa árvore de copa alargada.
    Dos olhos direi que abertos …

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    Fernando Namora Nocturno

    Fernando Namora
    Uma casa navega no tempo
    como um barco subindo o rio
    Por fim sem marinhagem por fim sem mastreação.
    Por fim ancorada nas janelas exorbitadas
    onde as luzes são paisagens …

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    Fernando Namora Profecia

    Fernando Namora
    Nem me disseram ainda
    para o que vim.
    Se logro ou verdade,
    se filho amado ou rejeitado.
    Mas sei
    que quando cheguei
    os meus olhos viram tudo
    e tontos de …

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    Fernando Namora Poema da Hora Escoada

    Fernando Namora
    Minhas mãos
    - duas chamas débeis de vela
    unidas no mesmo destino.

    Minhas mãos
    derretidas em cera
    que vai escorrendo,
    gota a gota,
    ao longo do corpo hirto
    da vela …

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    Fernando Namora Derramado

    Fernando Namora
    Raro e vazio dia.
    Calmo e velho dia.
    Os membros lassos debruados deste cansaço sem porquê.

    Raro e vazio dia,
    assim inteiro e implacável
    na solidão grave e trágica do …

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    Fernando Namora Pilotagem

    Fernando Namora
    E os meus olhos rasgarão a noite;

    E a chuva que vier ferir-me nas vidraças
    Compreenderá, então, a sua inutilidade;

    E todos os sinos que alimentavam insónias
    hão-de repetir as …

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    Fernando Namora Terra - 3

    Fernando Namora
    Eles subiram o monte com o povo arrebanhado
    e padre-nossos nos lábios.
    Eles subiram o monte e eram negros, grandiosos e medonhos.
    Vinham de longe e diziam duma verdade nos …

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    Fernando Namora Indução

    Fernando Namora
    Há em todas as coisas
    a marca estranha
    da minha presença.

    Sons, palavras, imagens,
    tudo eu desfiguro e torno falso.

    As pessoas, à minha volta,
    deslizam vagamente como sonâmbulos
    - …

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    Fernando Namora Todos os Caminhos me Servem

    Fernando Namora
    Todos os caminhos me servem.
    Em todos serei o ébrio
    cabeceando nas esquinas.
    Uma rua deserta e o hálito
    das pessoas que se escondem,
    uma rua deserta e um rafeiro …

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    Fernando Namora Nota Discordante

    Fernando Namora
    Porque razão sorri a Natureza à minha volta?

    Reparem na discordância...

    É como um grito de revolta
    que se solta
    por aí fora...

    ... e não encontra obstáculo para o …

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