Edmundo Bettencourt

Edmundo Bettencourt

Portugal — Escritor

7 Ago 1899 // 1973

6 Poemas

Poemas

Edmundo Bettencourt Aparição

Edmundo Bettencourt
A mulher que por mim passou na rua, há pouco,
foi uma coisa diáfana, gentil,
cedo, a pairar
na sombra dum jardim
com flores, em baixo, ajoelhadas,
ao senti-la na …

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Edmundo Bettencourt Noite Vazia

Edmundo Bettencourt
Crescimento do silêncio a devorar as nuvens.
Voo incansável e monótono das aves brancas do cérebro.
Florida e ondulada suspensão da mágoa.
As ferocidades são ternuras desmaiando na estepe adivinhada. …

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Edmundo Bettencourt Vigília

Edmundo Bettencourt
No panorama de frio
jazia cristalizado o voo dos gaviões.

Ao seu encontro ia fremente
o respirar da terra quente quase adormecida.

Fluía um riso irónico das dentaduras alvas da …

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Edmundo Bettencourt Ar Livre

Edmundo Bettencourt
Enquanto os elefantes pela floresta galopavam
no fumo do seu peso,
perto, lá andava ela nua a cavalgar o antílope,
com uma asa direita outra caída.
E a amazona seguia... …

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Edmundo Bettencourt Poema de Amor

Edmundo Bettencourt
A noite é cheia de vales e baías.
E do meu peito aberto um rio largo de sangue...
Águas densas, de correntes lentas,
serpentes mortas a arrastarem-se.
Águas?
Águas negras, …

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Edmundo Bettencourt O Segredo e o Mistério

Edmundo Bettencourt
Mistérios a pouco e pouco vão morrendo
e extenuados de vigília os anjos
são afinal a sussurrantes sibilinas vozes
que desvendam adivinham segredos
atrás de sentinelas
cuja ferocidade é uma …

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