David Mourão-Ferreira

David Mourão-Ferreira

Portugal — Poeta/Escritor

24 Fev 1927 // 16 Jun 1996

24 Poemas

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    David Mourão-Ferreira Praia do Esquecimento

    David Mourão-Ferreira
    Fujo da sombra; cerro os olhos: não há nada.
    A minha vida nem consente
    rumor de gente
    na praia desolada.

    Apenas decisão de esquecimento:
    mas só neste momento eu a …

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    David Mourão-Ferreira A Secreta Viagem

    David Mourão-Ferreira
    No barco sem ninguém, anónimo e vazio,
    ficámos nós os dois, parados, de mão dada...
    Como podem só dois governar um navio?
    Melhor é desistir e não fazermos nada!

    Sem …

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    David Mourão-Ferreira Elegia do Ciúme

    David Mourão-Ferreira
    A tua morte, que me importa,
    se o meu desejo não morreu?
    Sonho contigo, virgem morta,
    e assim consigo (mas que importa?)
    possuir em sonho quem morreu.

    Sonho contigo em …

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    David Mourão-Ferreira Soneto do Cativo

    David Mourão-Ferreira
    Se é sem dúvida Amor esta explosão
    de tantas sensações contraditórias;
    a sórdida mistura das memórias,
    tão longe da verdade e da invenção;

    o espelho deformante; a profusão
    de frases …

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    David Mourão-Ferreira Rua de Roma

    David Mourão-Ferreira
    Quero uma rua de Roma
    com seus rubros com seus ocres
    com essa igreja barroca
    essa fonte esse quiosque
    aquele pátio na sombra
    ao longe a luz de um zimbório …

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    David Mourão-Ferreira Do Tempo ao Coração

    David Mourão-Ferreira
    E volto a murmurar    Do cântico de amor
    gerado na Suméria      às novas europutas
    Do muito que me dás ao muito que não dou
    mas que sempre conservo entre as …

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    David Mourão-Ferreira Canção Amarga

    David Mourão-Ferreira
    Que importa o gesto não ser bem
    o gesto grácil que terias?
    — Importa amar, sem ver a quem...
    Ser mau ou bom, conforme os dias.

    Agora, tu, só entrevista, …

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    David Mourão-Ferreira A Guerra

    David Mourão-Ferreira
    E tropeçavam todos nalgum vulto,
    quantos iam, febris, para morrer:
    era o passado, o seu passado — um vulto
    de esfinge ou de mulher.

    Caíam como heróis os que não …

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    David Mourão-Ferreira Serenata do Adolescente

    David Mourão-Ferreira
    Que doentia claridade
    a que me invade e me obsidia,
    durante a noite e à luz da tarde,
    à luz da tarde, à luz do dia!
    Que doentia aquela grade …

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    David Mourão-Ferreira Memória

    David Mourão-Ferreira
    Tudo que sou, no imaginado
    silêncio hostil que me rodeia,
    é o epitáfio de um pecado
    que foi gravado sobre a areia.

    O mar levou toda a lembrança.
    Agora sei …

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